Wilson Horvath
A esperança de transformação,
o sonho por um mundo melhor
foram congelados nas águas frias
do cálculo capitalista?
A dignidade humana,
a honra, a bondade, a ética
foram sufocados
pelo egoísmo e pela barbárie?
A amizade, o companheirismo
se medem pelos benefícios
que podem trazer?
O amor,
a paixão, a libido
foram comprados e substituídos
pelo dinheiro?
Nós transformamos
tudo e todos em mercadoria?
E ao mercantiliza-los,
tornamos nós um objeto
a ser leiloado?
Será!?
Será que não conseguimos
perceber os males gigantescos,
existentes bem a frente de nosso nariz,
trazidos pela atual forma de sociabilidade
para o planeta e para cada indivíduo?
Será não!
Não será!
Nós estamos vivendo
em um mundo doente
que tende a nos adoecer,
e é por nós acamados.
Mas, enquanto o doente
ainda respira
há esperança.
E há aqueles que se encantam
com o canto dos pássaros,
por isso lutam para não serem extintos.
Há os que se embebedam
com o perfume das flores
e trabalham para a preservação
do meio ambiente.
O sorriso da criança
ainda nos traz felicidade.
E nos obriga a batalhar
a fim de que elas não chorem mais
de fome, maus tratos, abandono.
O amor rompe as barreiras
da classe social,
da cor da pele,
da etnia e religião.
E há você,
cidadão planetário!
Que tenta superar
as determinações culturais.
E consegue sonhar
e procura fazê-los realidade.
E ainda é possível ouvir
o apelo do poeta nesta canção:
“Sonho que se sonha só.
É só um sonho que se sonha só.
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