Wilson Horvath
Como posso ser feliz?
Se não me identifico
pelo que sou,
mas pelo que tenho?
E se nada tenho,
vivo buscando ter,
e esqueço-me de ser.
E o que tenho,
é como nada ter,
pois nada sou,
pelo que tenho.
Nada! não quero ser,
então, preciso ter,
que tudo é,
para quem nada é.
O nada vira tudo
e o tudo é o nada,
que me cega para o tudo
e só me faz ver o nada.
Minha vida é um nada,
que torna isso tudo
insuportável.
Jogo-me no eterno nada?
Ou busco outro nada,
acreditando ser ele
o tudo?
Como acordar para o tudo?
E esquecer o nada?
Se sou um nada?
Que quer tudo?
Nada!
Tudo!
Tudo!
Nada!
Torno para sempre
um nada?
Ou supero
isso tudo?
Como posso
não querer nada,
desse tudo?
E buscar o tudo,
se só vejo
o nada?
Talvez, o tudo,
esteja onde,
eu acreditava
ser o nada.
Então,
serei tudo e
não precisarei
de nada.
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