Wilson Horvath
É
muito difícil diferenciar filosofia de ciência e religião, haja vista, que essa
divisão é exclusivamente moderna e esses três conhecimentos eram, em outros
períodos, concebidos de forma unificada. Logo a diferenciação que
apresentaremos é apenas didática.
O
filósofo pretende compreender a realidade que o cerca, logo ele busca a
sabedoria e o conhecimento. Só que ele não é o único a buscar o conhecimento, outras
pessoas também o fazem. O cientista pretender conhecer as forças que regem a natureza
ou a sociedade. E o teólogo busca o entendimento sobre Deus, se não, ao menos,
a maneira como Ele se revela e como as pessoas perceberam a revelação divina,
ao longo da história.
E
ambas as formas de conhecimento, ciência e religião apresenta questionamentos
que as fazem evoluir na história. Por exemplo, determinados remédios são tidos,
em determinada época, pela comunidade científica, como benéficos a saúde. Porém
alguns cientistas questionam a validade desses medicamentos e depois de se
perguntarem, eles iniciam uma pesquisa científica e provam a invalidade ou, até
mesmo, que estes remédios são nocivos à saúde.
O
mesmo ocorre com a religião, se pegarmos Jesus, como exemplo, veremos que ele
questionou vários pontos da religião de sua época. Ele curava nos sábados,
tocava em leprosos, amava os inimigos, andava com pessoas consideradas impuras,
tais como: os cobradores de impostos, samaritanos, mulheres “mal faladas”. E
Jesus, por alguns, era considerado um beberão e comilão, haja vista que ele
estava sempre presente em festas.
Então
quais seriam as diferenças entre a Filosofia da Ciência e da Religião, se essas
duas formas de conhecimentos apresentam questionamentos e buscam a verdade?
Para
fins exclusivamente didáticos, nós podemos dizer, que a diferença entre a
Filosofia e a Ciência é que a ciência busca o correto conhecimento do
funcionamento da natureza ou da sociedade, não há juízo de valor para o
conhecimento científico, o que lhe interessa é o conhecimento pleno da
realidade. Já a filosofia fará o juízo de valor, ou seja, ela questionará se
aquele determinado conhecimento científico é bom ou não para a humanidade.
Por
exemplo, o cientista descobre uma droga que é eficaz para deixar as pessoas
alegres. Assim, ele estudará e apresentará os efeitos dela no cérebro humano,
seus efeitos colaterais, entre outros. E o filósofo perguntará se esta droga
contribui ou não para a felicidade humana, se a felicidade consiste em ser
alegre; se o sujeito alegre, por 24 horas, poderá ser pleno.
E
a diferença entre a Filosofia e a Religião é que a religião pressupõe um Deus
ou vários deuses e ação humana se dá pautada na relação entre o ser humano e o
divino. O filósofo, por sua vez, pautará a sua reflexão e ação em sua razão,
essa que pode ou não coincidir com o divino, e se coincidir será depois de ter
realizado a reflexão racional e não antes. O filósofo também pode questionar
sobre a existência de Deus e chegar à conclusão de sua não existência.
É importante ressaltar que não é uma atitude filosófica afirmar ou negar a existência do divino, mesmo que um filósofo o faça. Se houver um fechamento desta questão, como de qualquer outra, ela deixa de ser filosofia e passa a ser teologia, positiva ou negativa.
onde estão a referencias bibliográfica?
ResponderExcluirescreveu errado no segundo parágrafo
ResponderExcluirno segundo parágrafo está escrito:cientista pretender conhecer . isso tá erradíssimo
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