Primeiras Palavras
No processo de conscientização, algo de constante percepção é o “Medo da Liberdade”. Muitos acreditam que a Liberdade trará o fanatismo, o anarquismo; e que a crítica gerada por ela destrua o sistema vigente.
Porém, a liberdade faz com que o ser humano se inserte (insira) no Processo Histórico como Sujeito Ético e o fanatismo advém da alienação. Ademais as críticas ao sistema, não são oriundas da liberdade, mas, sim, às contradições existentes na própria estrutura do sistema.
Muitas vezes, aqueles que temem a liberdade fazem um “jogo manhoso”, um jogo artificioso de palavras, onde camuflam a “liberdade” que os temem, dando a impressão que estão defendendo-a.
E “O medo da liberdade, de que necessariamente não tem consciência o seu portador, o faz ver o que não existe".
O medo da Liberdade esconde muitos aspectos, o principal deles é o medo de perder o direito de explorar. A conscientização põe em discussão este status quo que ameaça a liberdade.
Sectarização
“A sectarização é sempre castradora, pelo fanatismo de que se nutre. A radicalização pelo contrário, é sempre criadora, pela criticidade que a alimenta”. Parta de quem parta, ela é um obstáculo para o desenvolvimento, pois analisa uma realidade inexistente. Logo, ela é alienante.
Há dois tipos de sectários, o de direita ou sectário de nascença que “pretende freiar o processo, ‘domesticar o tempo e, assim os homens’”. E o sectário de esquerda que “equivoca totalmente na sua interpretação dialética da realidade, da história, deixando-se cair em posições fundamentalmente fatalistas”.
O primeiro quer domesticar o presente, deixá-lo igual ao passado. (Ser sectário é próprio de seu ser). O segundo vê o futuro como algo pré-determinado, ou seja, sem possibilidade de mudança.
Ambos negam a liberdade. Fecham em um “Círculo de Segurança” do qual não podem sair. E ambos terminam sem povo. E consideram como mentira tudo o que não é sua verdade.
“O Radical não se sente dono do Tempo, nem dono dos homens, nem libertador dos oprimidos, com eles se compromete, dentro do tempo, para com eles lutar.”
O radical não pode ser passivo diante da dominação e nem subjetivista .
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