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domingo, 17 de abril de 2011

Eros e Tânatos: Vida e Morte

(Wilson Horvath)
Pra que viver? Lutar pra que? Por que?
A natureza pede a morte, que nos devolve ao lugar de paz e harmonia.
A vida surge da rebeldia, da luta contra o natural.
Nasce, cresce e reproduz, à custa de outras tantas.

Às quais, damos a morte. E elas, em troca, a vida!
Somos, ao mesmo tempo, inimigos e parceiros da morte.
Vivemos, enfrentando-a...
Mas nessa curta batalha, entregamos-lhe tantos combatentes.
O que nos gera tanta dor e sofrimento!

Melhor não seria... se um Tratado de Paz assinássemos?
Nunca mais nos enfrentaríamos!
Pra que tanta teimosia? Infantilidade? Medo? Há explicação?

Talvez seja por que a vida é Bela! E de tão bela... nos cativa!
Vivemos em busca de sua beleza, que com prazer nos retribui.
A fim de gerarmos mais vida. Que é o seu sentido. E só por ela se explica.

Viver de verdade é ser brigão.
Brigar por vida, até nossos últimos suspiros...
Contra todas as forças de morte.
Devolvendo o sorriso à criança, saciando o faminto, habitando o sem-teto.

E quando não tivermos mais vida, alimentaremos outras tantas.
Venceremos a infinita batalha, afirmando que mesmo na morte...

Tudo se movimenta para a vida!


(A poesia Eros e Tânatos é uma singela homenagem à memória de Samuel Romualdo Pereira, um homem que viveu de verdade).

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