(Wilson Horvath)
Pra
que viver? Lutar pra que? Por que?
A
vida surge da rebeldia, da luta contra o natural.
Nasce,
cresce e reproduz, à custa de outras tantas.
Às
quais, damos a morte. E elas, em troca, a vida!
Somos,
ao mesmo tempo, inimigos e parceiros da morte.
Vivemos,
enfrentando-a...
Mas
nessa curta batalha, entregamos-lhe tantos combatentes.
O
que nos gera tanta dor e sofrimento!
Melhor
não seria... se um Tratado de Paz assinássemos?
Nunca
mais nos enfrentaríamos!
Pra
que tanta teimosia? Infantilidade? Medo? Há explicação?
Talvez
seja por que a vida é Bela! E de tão bela... nos cativa!
Vivemos
em busca de sua beleza, que com prazer nos retribui.
A
fim de gerarmos mais vida. Que é o seu sentido. E só por ela se explica.
Viver
de verdade é ser brigão.
Brigar
por vida, até nossos últimos suspiros...
Contra
todas as forças de morte.
Devolvendo
o sorriso à criança, saciando o faminto, habitando o sem-teto.
E
quando não tivermos mais vida, alimentaremos outras tantas.
Venceremos
a infinita batalha, afirmando que mesmo na morte...
Tudo se movimenta para a vida!
(A poesia Eros e Tânatos é uma singela homenagem à memória de Samuel Romualdo Pereira, um homem que viveu de verdade).
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