Wilson Horvath
Segunda-Feira...
despertador tocando, eu da cama pulando,
água no rosto, escova no dente,
corrida pro ônibus, lentidão pro expediente.
Chefe com cara feia voa em minha veia,
salário baixo, trabalho alto,
e eu ainda me rebaixo.
Cansado, na volta para casa,
ônibus lotado, vejo tristeza para todo o lado,
criança chorando, mulher reclamando, homem esmolando.
Piso no pé do irmão, peço perdão,
não adianta não.
E começa o empurrão,
ainda bem que chega o grandão e põe fim na confusão.
Corro para em casa chegar, banho tomar, jantar e desmaiar.
Encontro o Tião que no boteco me faz adentrar,
cachaça no peito, torresmo para dá um jeito,
sambinha rolando, mulata sambando, loira tentando.
No meio da roda, menina sorridente, me deixa contente,
chego de mansinho, ela me faz um carinho,
caio igual a um patinho.
Vamos para casa, a imaginação cria asa,
beijo aqui, puxa ali, morde ai,
roupa no chão, sem preocupação,
mexe... mexe,
que é só emoção.
Terça-Feira...
Despertador desligado, a gente dormindo despreocupado,
Banho juntinho, café quentinho.
Chefe tchauzinho!
Vendo bordado, faço poesia,
porque a vida não é nenhuma patifaria,
então, revoluciono este Estado,
pois, nunca mais saio debaixo desse rebolado.
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