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quarta-feira, 16 de março de 2011

Formatura

Wilson Horvath

Como posso descrever em caracteres o que estou sentido,
se as palavras não correspondem ao turbilhão de emoções que brota do mais íntimo de minha alma, neste momento?
Eu rio feito um bobo, mas meus olhos não param de lagrimejar.
Riso e choro formam uma só coisa, que nem faço ideia do que seja.

Juntamente, com a alegria da formatura,
está a dor da despedida dos colegas, companheiros fiéis dos trabalhos acadêmicos, das conversas de corredor, das piadinhas sem-graças, das festas e cervejadas.

As noites perdidas de sono, o sofrimento do vestibular, a ansiedade provocada pelas provas...

Ao virar esta página de minha vida, abro o horizonte para novas experiências, novos sonhos.
Mas, fecho os vinte e dois anos que preparei para chegar até aqui.
Doravante, não sou mais aquele menino que se preparava para o futuro.
Sou o profissional que tem que fazer o presente acontecer.
Mas, ao mesmo tempo, não quero deixar de ser criança nem sei mais o que fazer.


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